Não lembrava há quanto tempo havia se sentido dessa maneira. Anos talvez. A ansiedade era percebida pelos colegas de trabalho. Não tinha como não notar, ele olhava o relógio a cada minuto. Em algumas horas iria buscá-lo no aeroporto. Os minutos passavam lentos, e ele os contava exaustivamente. O outro homem também se sentia da mesma forma, anos haviam passado desde o último encontro, a saudade era imensa.
Meio dia.
"Finalmente" pensa Jorge.
Sai correndo do trabalho direto para o aeroporto, o avião iria pousar em meia hora. Chega de espera. Ao chegar ao portão de desembarque, descobre que o avião está atrasado, tem que esperar mais uma hora até poder rever o homem que tanto ama.
O tempo parece não querer andar.
Finalmente o avião pousa, ele observa os passageiros saírem um a um. Jorge avista o homem que espera saindo do portão a passos lentos, procurando alguma fisionomia conhecida, seus olhos enchem-se de lágrimas ao vê-lo. Suas costas curvadas pela idade, seu cabelo branco, e sua face marcada não lembram em nada o homem jovem e forte que foi seu herói no passado.
Seus olhares se cruzam e o velho sorri.
_Pai! Fala Jorge abraçando-o.
Sob olhares curiosos eles saem de mãos dadas, tinham muitos assuntos para por em dia.
FIM
8 comentários:
Me pegou de surpresa.
=P
Gostei!
É a intenção. Sabia que iam pensar outras coisas. =P
Eu imaginava que era o pai ou um irmão...hehehe...Ficou lindo...
Só tu mesmo Anninha. rsrsrs. Valeu.
Como o último conto que li foi "Tequila, limão e sal", fui praticamente forcada a pensar nas "outras coisas" =D
Gostei ^^)
Rs
Obrigada pelo comentário.
^^
^^)
Vou deixar meu blog por aqui:
http://sexopoeta.blogspot.com/
=*
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